Quando o céu
e o mar
Voltarem ao
lugar
Estarei a
desenhar
Em uma
calçada
Seca e
imunda
Uma escada
Com um velho
tijolo amarelo
Ó como é
belo
Poder te
realizar
Ir e voltar
Sem medo de
estar
A escalar
A minha
escada
A minha
estrada
Feita de
rabiscos
Curvas em
arcos
Escadas sem
degraus
Viver entre
os bons e os maus
Como um
velho tijolo amarelo
O mundo
paralelo
Que se faz
no solo
Torna-se
obsoleto
A quem só
olha ao teto
E quando
olha abaixo
Pensa no “eu
acho”
Cai nas
arapucas
Da alma e
das ruas
Mesmo com
aviso
Eu as
sinalizo
Com meu
velho tijolo amarelo
Leia meu
apelo
Não caia na
cilada
Olhe não
apenas a calçada
Uns me usam
para combate
Outros de
mim fazem arte
Entre a alma
e o mundo sou o elo
Sou um velho tijolo amarelo