segunda-feira, 20 de outubro de 2014

"O Último Canto do Vale" Capítulo 2

Tomando um copo de whisky Di grita:
“Ao duelo então seu filho da égua”;
Tâmira então a sua arma os aponta;
“Vão presos a espera do aval de Gamela.”
Mas quem diabo é Gamela pensavam;
Enquanto algemados iam à gaiola;
“Isto é necessário para que não fujam!”
“Explique por que disso sua cadela!”
Disse Pit com sangue subindo a cabeça;
“Há uma maldição nesta cidade;
Se alguém morrer sem a licença;
Do lobo cairemos na calamidade!”
Olho Morto pegou seu revólver;
Mirou sem muita demora;
Quem via aquilo podia prever;
A morte viria ao aparecer da aurora;
Gamela ouviu o barulho da bala;
Olhou para o índio velho e rosnou;
O índio pegou sua faca e olhando ela;
Disse a Gamela; “Branco querer uivo”
A noite caia na cadeia e desolado;
Pit estava a pensar em uma fuga;
Di por outro lado tinha um sono pesado;
Não acordaria nem com picada de pulga.
Lá fora observava alguns fachos;
Iluminando as frestas da prisão;
Como um raio havia neles fixos;
Olhos, o índio estava sentado no chão.
Disse sem nenhuma emoção;
“Lobo na colina uivar hoje;
Lobo dirá quantos morrerão;
A quem estiver perto e não longe.”

A lua estava alta quando se ouvia;
O primeiro uivo que estremeceu;
João, que conteve sua alegria;
Quando o segundo uivo aconteceu!

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