segunda-feira, 3 de novembro de 2014

"O Último Canto do Vale" Capítulo 4

Su não olhava para seu paciente;
Estava a olhar a parede da sala
Sua coleção de lâminas para corte;
A mais afiada, escolheu e disse ela
“Tome essa garrafa e beba rápido”;
João ‘Olho Morto’ em sua cama
Olhava a perna onde fora baleado;
“Di que o diabo carregue sua alma”;
A faca cortou o osso de João;
Que anestesiado pelo gim;
Nem notara a perna no chão;
Nem mesmo assistira até o fim;
No bar da cidade estava muito agitado;
A reunião levara todos os moradores;
Era para a escolha de um xerife e rápido,
Já que o último pistoleiro fora pelos ares;
“Tâmira deveria ser, ela quem matou Pit ‘the Kid’”;
Proferiu Letícia e fez as mulheres aplaudirem;
“Eu molhei a pólvora da arma, sorte e fraude
Não mereço nenhum prestigio, me evitem!”
Su chegou atrasada no saguão;
“E João?” perguntara Carolina
“Com febre e o que perdi então?”
“O distintivo esta de novo em cena...”
“Quem pediu o distintivo?”
“Dariam a Tâmira, mas refutou”
Su levantasse e pede ao povo;
“Mas alguém aqui que já duelou?”
O “não” veio como um silêncio;
“Eu desafio qualquer um aqui
Pelo título!” Su sentiu um arrepio
Ao ver que quem falara não ri;

As pessoas não sabiam se era piada;
Mas Carolina ainda os encarava;
Ela seria a xerife por não ser desafiada?;
A noite caia enquanto Gamela uivava!

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