segunda-feira, 10 de novembro de 2014

"O Último Canto do Vale" Capítulo 5

A gélida noite se ouvia o cavalo e a roda;
O silêncio dentro da carruagem era total;
Pinho e Letícia estavam na estrada;
Iam ao mercado para buscar o essencial.
Ou roubariam com armas durante o dia;
Ou estourariam o cofre pela noite;
“Há alguém que nos acudiria?”
“Sim tem uma pessoa, se dermos sorte!”
Respondera o coveiro para sua esposa.
Esta pessoa seria um aumento para o custo;
Assaltante, trapaceiro, uma legítima raposa;
Ela, mesmo cara, seria a exata para assalto.
Letícia temia aquela figura que ali estava;
Silenciosa dormia na carruagem;
Pinho sorria, o cansaço lhe custava;
Abrir bem os olhos para ver a paisagem.
Quando chegaram o coveiro descansou;
Sua mulher e a “raposa” ficaram na sala;
Novamente o silêncio os desafiou;
Letícia se despedia daquela casa, daquela vala;
Odiava aquilo, seria agora uma pessoa realizada;
O banco abrira e Letícia queria um “depósito”;
Raposa e Pinho estavam com a mira cerrada;
Entraram no banco e anunciaram o assalto;
Todos lá ergueram as mãos e os golpistas;
Amarraram os funcionários e a farsante;
Pegaram o dono como refém e as pepitas;
Como havia ouro e também diamante.
Teriam trabalho para levar aquilo tudo;
Pinho saiu e manobrou a carruagem;
Tentando se mostrar natural, ao lado;
E os dois colocaram lá a bagagem;

Mas para a infelicidade de Pinho;
Quando subiram não havia mais cavalos;
Havia Carolina armada e com seu sorrisinho;
Tinha frustrado o sonho dos pobres tolos!

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