segunda-feira, 20 de julho de 2015

Trancando-me em seus vazios

Os dias vêm com tranquilidade.
Trancando-me em seus vazios.
Vaza minha dor de realidade.
Realmente cortamos os lírios?

Grave como gravar a ausência!
Ao zen se questiona a paz de si.
Decisão que nunca o pertencia!
Pertinência duvidosa para ti?

Os dias "só" estão acompanhados
Ah! Companheiros somos enganados!
Engajados por sonhos perdidos?

Perdi dos meus sensos o que voava?
Voa, vá! Busque aquilo que estava!

Esta, vá! Não esqueça o que ficava!

domingo, 12 de julho de 2015

clarifico-lhe

A clareza ainda a cega?
Eu lhe trago a lanterna!
Pois eu escondo a adaga
Sou a dança mais insana

Sou a dama sem saia
o tapa de luvas lunáticas
Sou aquilo que tu tanto vaia?
Aplausos das mãos ocas

As letras dançam em tua fala
As letras que projeta como bala
Fere a quem assiste  e quem cala

As pessoas vivem da tua dor?
As pessoas a quem fere o pudor?
Atinge a mim e ao teu amor?

sábado, 11 de julho de 2015

A faca cega

a faca cega que corta
atinge a carne que não a sua
para você que não acredita
a ponta torta é crua

o que desliza entre pele e carne
a faca de grosso cabo pesa
a agressão que surge de sua cerne
atinge uma parte do que despreza

o utilitarismo escolhe a quem
o canudo que apoia a lâmina
deve estripar para fazer o bem
o que aos meus não fere, a ti condena!