sábado, 13 de fevereiro de 2016

Em busca da Enerjódka 3

Um berro ensurdecedor chega aos ouvidos das heroínas;
Kakau pega seu saco e o abre acima de sua cabeça;
“Aqui em baixo, suas malditas! avarentas! suas bananas!
Não consegue ver um homem se este já não tem presença?”

Natália reparou que aquele era Brizola, mas algo lhe faltava!
Notou também que estavam pisando em cima dele!
Kakau logo tentou remediar: “Desculpa, não vi que o pisava!”
“Primeiro perco a bunda, agora sou pisoteado por esta ralé!”

“Ei, olhe os modos, quem sabe nós podemos te dar uma ajuda!”
Falou Natália, que logo se arrependeu ao ser fitada por Kakau;
“Isso aqui vai parecer Oz, uma querendo braço outro a bunda;
Agora que está feita a cagada, vamos procurar uma nau.”

“O mar é logo após as montanhas, por lá é rápido de chegar!”
Falou Brizola, que começava a ficar de pé e a andar.
Natália e Kakau tomaram a dianteira, com medo de cegar;
Sim! Cegar! A imagem era horrível,  olhar era se arrepiar;

Um grito toma conta da montanha e é erguida a sacola;
A cabeça volta segurando uma vinha na sua boca;
Kakau pega a vinha e a coloca no lugar da sequela;
Natália estava agora se sentindo muito fraca.

Ao chegarem no meio montanha fizeram uma fogueira;
Curioso Brizola questiona sobre o braço ausente;
E curiosa, as moças perguntam sobre a zoeira;
A resposta de Brizola era muito plausível e contundente!

“Eu tomei algumas Enerjódkas, dezenove, na real;
E alguém me pediu a bunda, mas de zoeira;
Eu como estava sem saber onde ir, quis ser legal;
Só lembro que acordei com uma aspirina no lugar da verdadeira!”

O sono veio logo após a este triste e breve depoimento.
Na manhã seguinte, chegam ao porto onde a nau os espera;
Depois de embarcarem no Faustão, ouve-se um grito;
“CHURRASQUEIRA!” E assim Brizola dá a partida e acelera!

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