Há dias em
que o passado pede passagem
E de mala e
cuia em mãos ele vem
Trazendo
consigo a boa e chata saudade
Arrumo a
mesa para nossa trivialidade
Um café bem
forte acompanhado de histórias
Algumas
tristes, outras alegres, mas todas boas
Ver o
passado naquela mesa com sua companheira
Lembrou-me a
um senhor e sua filha fofoqueira
Ele calmo
sempre a tentar controlar a boca da saudade
E esta sem
dar ouvidos ao velho transborda a minha sede
“Lembrasse”,
se torna o pretexto para toda fala
Perfeita
colocação no tempo e na aquarela
Que se forma
em minha frente e logo se desfaz
Pois algumas
lágrimas saem deste rapaz
Escuto
alguns outros contos do passado
Agradeço
pela visita mesmo pouco ficando
Sinceramente
por que eu os mandei embora
A saudade já
não me machuca ela agora
Só me faz
chorar para ver as lágrimas e suas danças
O passado
sempre se despede dando lembranças
Ambos me
deixaram algo que me imunda de alegria
É esse meu
presente que fica mais belo a cada dia
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